Muita gente presume que, por eu não fazer harmonização facial, não trabalho com medicina estética. Mas a verdade é justamente o oposto.
Quem acompanha meus textos costuma me perguntar:
“Como você analisa um rosto para tratar o envelhecimento, se não trabalha com harmonização?”
A resposta é simples:
eu escuto. E não me guio por padrões.
Cuidar da beleza é muito mais do que harmonizar um rosto
Sempre fui firme nesse posicionamento: eu não avalio se alguém é “belo” ou não.
Durante muito tempo, inclusive, nem me identificava com o termo “estética médica”.
Me diziam que ser belo era:
- Ter o perfil alinhado,
- Maçãs salientes,
- Lábios volumosos.
Mas isso nunca fez sentido pra mim.
Porque não é assim que eu enxergo, admiro ou valorizo a beleza.
Já falei mais sobre isso
neste post e também neste outro, sobre o “Top Model Look” e seus excessos:
veja aqui.
E se você quiser entender a essência dessa conversa, talvez
esse outro post seja o mais simbólico.
Como eu escuto as minhas pacientes
Depois de atender tantas mulheres, com histórias, rotinas e desejos tão diferentes, entendi que não é sobre padronizar ou apagar traços.
No fundo, o que buscamos é:
- Sentir vitalidade ao se olhar no espelho,
- Estar em paz com a imagem que nos devolvem,
- Ser valorizada sem abrir mão da autenticidade.
Por isso, no meu consultório:
Não há régua.
Não há simetria ideal.
Não há “mais boca”, “mais bochecha” como regra.
Eu escuto o incômodo. O que está por trás do cansaço no olhar?
O que aquela paciente sente, mas ainda não conseguiu nomear?
É com base nessa escuta que eu penso:
“Como suavizar isso, com critério, sensibilidade e ciência?”
Porque não é sobre mudar. É sobre resgatar.
A primeira consulta: onde tudo começa
Percebo esse efeito já no primeiro encontro com minhas pacientes.
A consulta não é uma formalidade. É o início de uma nova forma de se olhar.
Aqui, modismo não vira prescrição.
Cada indicação nasce da escuta e da intenção, não da tendência.
Ninguém sai com uma lista interminável de produtos ou um protocolo genérico.
Sai com um plano que respeita seu ritmo, objetivos e estilo de vida.
Porque dermatologia, para mim, não é apagar sinais do tempo.
É cuidar com constância, critério e significado.
Com foco na saúde da pele e no bem-estar de quem a habita.
É sobre beleza natural. Com autonomia e propósito.
Se quiser ouvir mais sobre essa abordagem, compartilhei um vídeo recente sobre esse tema no Instagram.