Mentiras que talvez você acredite sobre acne na vida adulta

Quando o mundo esquece o tempo da infância
10 de outubro de 2025

Você provavelmente já ouviu várias mentiras sobre acne na vida adulta, e talvez até tenha acreditado em algumas.

Essas crenças, muitas vezes reforçadas por soluções “milagrosas” divulgadas nas redes, podem atrasar o tratamento e comprometer resultados.

A verdade é que acne não é uma questão exclusivamente estética, nem um problema restrito à adolescência.

Para controlá-la de forma eficaz, é preciso , muitas vezes, entender suas causas, identificar os gatilhos e agir com constância e critério.

Veja aqui o conteúdo que publiquei no Instagram, sobre esse assunto:

Acne não é “coisa de adolescente”

Uma das crenças mais comuns é que a acne desaparece com a idade. Na prática, o número de mulheres adultas com acne tem crescido significativamente.

Essas lesões são, na maioria das vezes, inflamatórias, persistentes e impactam diretamente a autoestima.

Estudos mostram que até 40% das pacientes não alcançam remissão prolongada mesmo após o uso de isotretinoína, um dos tratamentos mais conhecidos.

A isotretinoína pode ser uma ferramenta valiosa, mas nem sempre resolve o problema sozinha. O sucesso depende da abordagem global e, principalmente, do entendimento de que a acne na vida adulta é multifatorial.

O tratamento precisa olhar além da pele

Tratar acne não é apenas eliminar lesões. É preciso entender se há fatores causadores associados. Entre os principais gatilhos estão:

  • Predisposição genética
  • Alterações hormonais (como a síndrome dos ovários policísticos)
  • Uso de medicamentos (antidepressivos ou anticoncepcionais androgênicos)
  • Suplementos (como whey protein e vitaminas do complexo B)
  • Sobrepeso e resistência à insulina

Além disso, fatores como alimentação inadequada, sedentarismo e distúrbios metabólicos não tratados podem perpetuar o quadro em algumas pacientes.

Por isso, o tratamento, para ter sucesso, precisa ser sistêmico, individualizado e contínuo, com atenção aos hábitos e ao contexto de vida da paciente.

A isotretinoína é eficaz, mas não é sinônimo de cura para muitas pacientes.

O sucesso duradouro depende de integração entre estratégias terapêuticas, acompanhamento regular e ajustes de estilo de vida.

Em alguns casos, exames laboratoriais ajudam a identificar desordens hormonais ou metabólicas.

Sinais como ciclos menstruais irregulares, queda de cabelo, aumento de pelos ou dificuldade para engravidar indicam a necessidade de investigação.

O plano ideal combina ciência, personalização e constância. E o resultado é uma pele equilibrada, que reflete saúde de dentro para fora. Tratar acne na vida adulta é sobre compreender causas, manter constância e respeitar o tempo da pele.

Não existe solução única, nem fórmula mágica. Cada tratamento deve ser construído com critério e acompanhamento profissional, levando em conta as particularidades de cada paciente.

No fim, a pele melhora quando o corpo é ouvido com atenção.

E você, já acreditou em algumas dessas mentiras sobre a acne?

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