Recentemente, estive no Rio de Janeiro para uma imersão em medicina estética.
E, como muitos que me acompanham já conhecem meu posicionamento sobre o tema, achei importante compartilhar não apenas como foi o treinamento, mas principalmente por que escolhi vivê-lo.
Passei dias intensos na @crisgraneiroclinica, em aulas teóricas e práticas com a Dra. Cris Graneiro — uma das grandes referências na área.
Fui em busca de atualização técnico-científica, sim.
Mas, mais do que isso, fui em busca de repertório.
Porque quanto mais me aprofundo, mais compreendo: estética sem critério vira repetição.
E beleza, sem entendimento verdadeiro, corre o risco de se tornar genérica, mecanizada — e perder justamente o que a torna mais interessante: a singularidade de cada pessoa.
📽 Assista aqui ao vídeo que publiquei no Instagram sobre essa experiência.
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O que me move na medicina estética não é o modismo, nem o glamour dos procedimentos.
É o propósito com que eles são indicados.
Estética, para mim, precisa ser estratégica. Precisa fazer sentido para aquela paciente — dentro da sua rotina, do seu estilo, da sua história e da forma como ela se enxerga.
Para chegar a esse nível de indicação, não basta o domínio técnico.
É preciso escuta, interpretação, profundidade diagnóstica.
É olhar além da queixa superficial e entender o que há por trás do “o que me incomoda”.
Não se trata de aprender uma nova técnica com um novo nome — mas de ampliar a forma de observar o mesmo rosto.
Porque é isso que transforma o resultado.
Durante o curso, revisitamos técnicas já bem estabelecidas na medicina estética — como os MD Codes, o ultrassom microfocado, os bioestimuladores e os lasers —, mas com uma nova camada de análise: baseada em planejamento, critério e raciocínio tridimensional.
Também tivemos um módulo voltado à experiência do paciente e à gestão do cuidado — que me fez refletir, ainda mais, sobre como o sucesso de um tratamento vai além do resultado estético.
Está diretamente ligado à forma como o paciente é acolhido, compreendido e conduzido.
Sobre os MD Codes, em especial, é importante esclarecer:
Essa não é uma técnica sinônimo de harmonização facial.
Na minha prática, é um mapa anatômico que, quando bem compreendido, nos permite abordagens pontuais e individualizadas — com resultados naturais, que respeitam a identidade facial.
A confusão que se criou em torno desse método muitas vezes se deve a uma aplicação apressada ou sem o devido entendimento técnico. E é aí que surge o exagero.
Essa, para mim, é uma distinção fundamental.
O ácido hialurônico, em minha prática, jamais é ponto de partida.
É um refinamento — quando realmente indicado.
Não substitui cuidados com a pele, nem sempre compensa alterações estruturais, como flacidez, e não reverte hábitos que aceleram o envelhecimento.
Por isso, meu foco tem sido cada vez mais esse: indicar menos, mas indicar melhor.
Essa imersão foi um reforço de tudo aquilo em que acredito.
Mais do que acumular técnicas, o que faz a diferença na estética médica é o olhar.
Saber reconhecer o que precisa ser tratado — e, com a mesma clareza, o que não precisa.
Porque o resultado mais bonito sempre será aquele que respeita a verdade de quem está sendo cuidado.